🌟 Notas do Editor
Fala galera!
Se a semana passada foi sobre quem acelera e quem freia, essa mostrou ajustes profundos. A Nvidia entregou resultados recordes, mas com uma reação cautelosa do mercado. O Google segue reorganizando a casa, cortando mais de um terço dos gerentes. Enquanto isso, a UE pressiona as Big Tech, os EUA dão sinais de retrocesso em clean tech, e a cibersegurança global volta ao centro das atenções.
Vamos direto ao que importa:
🚨 RADAR DO MERCADO TECH
🔻 Nvidia supera expectativas
A Nvidia reportou receita de US$ 46,7 bilhões no trimestre, alta de 56% em relação ao ano anterior, e lucro por ação de US$ 1,05, ambos acima das previsões.
O segmento de data centers entregou US$ 41,1 bilhões, mas ficou aquém das estimativas, provocando uma leve correção das ações no after-hours.
Ainda assim, a empresa segue como protagonista no ciclo de investimentos trilionários em IA previstos até o fim da década.
Insight: Resultados fortes, mas o mercado mostra que mesmo líderes precisam sustentar ritmo de crescimento em segmentos críticos como data centers.
🔻 Google corta 35% dos gerentes de pequenas equipes
A Google eliminou cargos de gestão em times com menos de três pessoas, reduzindo mais de um terço da sua estrutura de liderança.
Além disso, lançou um programa de saída voluntária em 10 áreas, com adesão de até 5% dos funcionários.
Segundo Sundar Pichai, a meta é tornar a empresa mais ágil e menos burocrática.
Insight: O corte reflete uma tendência clara: Big Techs buscam eficiência e redução de camadas de gestão para acelerar decisões.
🔻 Sustentabilidade em movimento
A Oshkosh apresentou o HARR-E, carrinho elétrico autônomo para coleta de lixo em comunidades e universidades.
A Nordsense lançou sensores inteligentes que monitoram enchimento e temperatura em lixeiras, com potencial de reduzir emissões de CO₂ em até 30%.
A McNeilus, subsidiária da Oshkosh, lançou o Volterra ZSL, primeiro caminhão de lixo 100% elétrico da América do Norte.
Insight: Sustentabilidade e automação começam a se encontrar — e o setor de resíduos se torna vitrine para novas aplicações de IA e veículos elétricos.
🔻 UE resiste à pressão dos EUA sobre Big Tech
A comissária Teresa Ribera defendeu que a União Europeia mantenha as leis digitais (DSA/DMA), mesmo diante de pressões de Donald Trump para flexibilizar regras.
O posicionamento reforça a intenção da Europa de limitar o poder das grandes empresas de tecnologia.
Insight: O embate mostra como a regulação digital é também um jogo de soberania entre blocos econômicos.
🔻 Clean Tech recua nos EUA
No segundo trimestre, os projetos cancelados em tecnologias limpas (US$ 5 bi) superaram os novos investimentos (US$ 4 bi), pela primeira vez desde 2018.
A Tesla teve queda de 40% nas vendas na Europa, enquanto o Departamento de Energia estuda transformar plutônio da Guerra Fria em combustível nuclear.
Insight: O corte em incentivos fiscais já começa a mostrar impacto direto no setor — um sinal de alerta para o futuro da transição energética nos EUA.
🔻 Cibersegurança em alerta global
O FBI revelou que a operação Salt Typhoon, ligada ao governo chinês, atingiu mais de 80 países, com foco em telecomunicações.
Nos EUA, líderes do Vale do Silício lançaram o PAC “Leading the Future” para apoiar candidatos pró-IA em 2026.
Um estudo também apontou o AI Mode do Google como o chatbot mais preciso entre nove avaliados.
Insight: A geopolítica da tecnologia se intensifica: IA, cibersegurança e política se entrelaçam como eixos estratégicos para a próxima década.
🧠 Tobias comenta
O fio condutor da semana é ajuste e reposicionamento.
Nvidia mostra força, mas precisa provar consistência.
Google enxuga a gestão para acelerar decisões.
A Europa sobe o tom contra Big Tech.
E os EUA dão sinais contraditórios na pauta de sustentabilidade.
Dica: Grandes oportunidades surgem quando tecnologia, regulação e mercado entram em conflito. É nesses pontos de tensão que se criam os novos espaços de liderança.
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Fica ligado — Paraiso Tech sai toda Sexta-Feira.

