PARAISO TECH #1

Essa semana foi marcada por um recado claro: a corrida por IA não dá trégua, e quem não dominar a estratégia vai acabar atropelado.

Enquanto gigantes despejam bilhões em superinteligência, também enfrentam crises de confiança e suspeitas pesadas. No meio disso tudo, o mercado de trabalho segue derretendo para quem não está pronto pro novo ciclo.

Se liga no que rolou:

A Cyberspace Administration of China abriu uma investigação formal sobre os chips H20 da Nvidia, alegando riscos potenciais de "backdoors" — como rastreamento de localização e desligamento remoto. A Nvidia nega qualquer funcionalidade maliciosa, mas o caso levanta questionamentos globais sobre a segurança de hardware em aplicações críticas. A resposta da Nvidia inclui abertura para auditoria e colaboração com reguladores locais.

Em uma das maiores aquisições do ano, a Palo Alto Networks consolidou sua liderança em cibersegurança ao adquirir a CyberArk. A estratégia é clara: dominar a proteção de ambientes com IA embarcada e infraestrutura crítica em escala global. O movimento também sinaliza consolidação agressiva no setor de identidade e acesso.

Meta anuncia investimento de até US$ 72 bi em IA A Meta revelou que pretende investir entre US$ 66 e 72 bilhões em infraestrutura de IA em 2025. Além disso, lançou a unidade Meta Superintelligence Labs, que liderará a construção de modelos superinteligentes e clusters como o Prometheus e o Hyperion. Os novos datacenters devem atingir escala de gigawatts, consolidando a Meta como pilar da corrida por superinteligência.

A Microsoft se tornou a primeira empresa de tecnologia a atingir o patamar de US$ 4 tri em market cap. O resultado é puxado pelo desempenho do Azure, do Copilot e da adoção crescente de IA em escala corporativa. Analistas agora projetam valorizações ainda maiores com a expansão do ecossistema Microsoft 365 + AI.

Durante o London Tech Week 2025, o Reino Unido anunciou investimentos bilionários em IA e capacitação de mão de obra, com previsão de treinar 7,5 milhões de pessoas até 2030. Parcerias com Microsoft e universidades britânicas ganham força. A iniciativa busca posicionar o Reino Unido como um dos hubs de IA mais influentes do mundo.

O setor tech ultrapassou a marca de 100 mil demissões no acumulado de 2025. A onda de layoffs afeta principalmente cargos administrativos, vendas e suporte. Em contrapartida, engenheiros de IA, DevOps, dados e arquitetura seguem altamente demandados. O mercado está filtrando talentos com base em especialização e capacidade de geração de valor direto.